Os hormônios desempenham papel fundamental no corpo humano. Afinal, eles são responsáveis pelo equilíbrio do organismo, de forma que haja o pleno funcionamento de todos os órgãos.
Porém, quando há uma mínima alteração hormonal, as variações levam a consequências muito perceptíveis, especialmente às mulheres, podendo desencadear, entre outros problemas, a infertilidade.
Mas para começar, o que são os hormônios femininos? São substâncias químicas produzidas pelas glândulas do sistema endócrino que tem como função regular o funcionamento do corpo por meio de efeitos de indução ou de inibição nos órgãos.
Entre os diversos hormônios, os do aparelho reprodutor são responsáveis por regular o ciclo reprodutivo e por determinar as diferenças biológicas entre o homem e a mulher, cujo impacto interfere, também, na fertilidade.
Os principais hormônios sexuais femininos são o estrógeno e a progesterona, produzidos, sobretudo, pelos ovários. Enquanto o estrógeno participa da ovulação, concepção e gestação, a progesterona prepara o organismo para essas duas últimas etapas, e ajuda a regular o ciclo menstrual. Para manterem sua função reguladora, é necessário que a quantidade esteja equilibrada, acarretando em alterações hormonais, que prejudicam o funcionamento do organismo.
Nas mulheres, a disfunção hormonal é ainda mais sentida. Seus hormônios sexuais são responsáveis pela regularidade dos ciclos menstruais. Com as alterações dos níveis de estrógeno e progesterona, seu corpo pode ser afetado por fatores como inchaço, ganho de peso e dores abdominais, além de interferirem em aspectos como sonolência e irritabilidade.
Além disso, algumas doenças estão diretamente ligadas com os distúrbios hormonais, como por exemplo as doenças endócrinas, tais como: hipotireoidismo e hipertireoidismo, síndrome dos ovários policísticos, amenorreia secundária.
Mas aí surge a pergunta: qual a verdadeira relação entre as alterações hormonais e a infertilidade feminina? O médico especializado em obstetrícia e ginecologia, Nilo Frantz, explica que como possuem interferência direta na vida da mulher, as alterações hormonais são responsáveis por muitos casos de infertilidade. “Dependendo da quantidade de hormônios sexuais presentes no corpo feminino, e havendo desequilíbrio, é possível identificar a infertilidade”, complementa.
Uma condição muito comum de disfunção hormonal que acarreta na fertilidade é a alteração da ovulação. Fatores como estresse, sedentarismo e atividades físicas de alto impacto podem levar a essas modificações.
Atrelada às alterações da ovulação, entra o fator “idade”. A partir dos 35 anos, a quantidade de óvulos tende a diminuir. Um exame capaz de avaliar o potencial de reprodução da mulher, apesar dessa queda expressiva, é a reserva ovariana.
Este estudo é feito por meio de exames, como os de sangue que medem os níveis de FSH e de HAM, e uma ultrassonografia transvaginal. Os resultados indicados nos exames vão responder se a reserva de óvulos da mulher é alta – com chances maiores de gravidez – ou baixa – atrelada à infertilidade.
Como os hormônios são responsáveis pela regulação do organismo, qualquer desequilíbrio em suas taxas indica uma alteração hormonal, que pode desencadear problemas e doenças que afetam, entre outros fatores, a infertilidade feminina.
Por isso, é importante fazer avaliações periódicas para checar os níveis endócrinos, sobretudo os referentes à função reprodutora. Um bom funcionamento do organismo resulta, também, em chances maiores e saudáveis de engravidar.
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