Pesquisa com cerca de 4 mil empregados, em todo Brasil, evidencia as sensações mais frequentes
e os principais desejos após a pandemia
Novo levantamento realizado pela Ticket, marca de benefícios de refeição e alimentação da Edenred, traz um retrato do comportamento do trabalhador do Sudeste e visa entender como está o sentimento das pessoas em meio a quarentena. A pesquisa foi realizada com mais de 4 mil usuários de seus benefícios, como o Ticket Restaurante e o Ticket Alimentação, em todo o Brasil, entre os dias 24 e 27 de abril.
O estudo também permite comparar informações com outras coletas de dados, implementadas de 20 a 22 de março e de 3 a 5 de abril, e que permitiram verificar as mudanças na adoção do teletrabalho. De acordo com os estudos, o número de profissionais do Sudeste que declararam estar em home office diminuiu 14 pontos percentuais no comparativo com o levantamento realizado no início de abril. Naquela ocasião, 73% dos trabalhadores indicaram estar operando de maneira remota; hoje, são 59%.
Já no comparativo com os dados de março, a diferença é de apenas 6 pontos percentuais, passando de 65% no primeiro levantamento para 59% no momento atual. Isso mostra que as políticas de home office passaram por uma curva com pico de atividade remota no início de abril.
A possibilidade de encontrar com amigos da empresa (21%) ou pessoais (16%) na hora do almoço foram os destaques em relação ao que os trabalhadores sentem falta com relação à alimentação fora de casa. Também foram ressaltados a maior diversidade de pratos disponíveis (20%) e a praticidade e rapidez na pausa para se alimentar (19%), além da maior facilidade de manter uma refeição mais equilibrada proporcionada pelos restaurantes (18%). Oportunidades de networking (3%) e a chance de conhecer pessoas novas (3%) foram outros aspectos indicados.
“Para a imensa maioria dos trabalhadores que participaram da pesquisa, comer fora de casa no intervalo do trabalho é um fator importante para a saúde mental. Foram 91% os que relataram sentir falta do relacionamento durante às refeições realizadas fora de casa. Uma refeição saudável inclui um prato de comida balanceado, mas vai muito além disso. Também está relacionada ao impacto psicológico que o momento da refeição tem na vida das pessoas”, avalia o Diretor-Geral da Ticket, Felipe Gomes
O levantamento ainda indica uma mudança de perfil nos hábitos de consumo: 67% dos respondentes disseram que pretendem manter a prática de realizar compras por meio de delivery em supermercados, restaurantes e outros estabelecimentos, depois de passada a pandemia do novo coronavírus. “Essa mudança no perfil de consumo já estava em curso em todo o mundo, mas seu desenvolvimento foi acelerado, em razão dos acontecimentos mais recentes que levaram à necessidade de isolamento social. A pandemia deixou ainda mais evidente o poder da transformação digital, exigindo resiliência e capacidade de adaptação imediata de pessoas físicas e jurídicas. De toda forma, esta é uma mudança que deverá se consolidar no futuro, passada esta crise”, ressalta Gomes.
A maioria dos respondentes (46%) atua no segmento de serviços. Também participaram profissionais da indústria (19%), do comércio (13%), da saúde (12%), da área pública (7%) e empresários ou profissionais autônomos (2%).
Trabalhador está pessimista com relação à pandemia
O estudo também permite inferir a percepção emocional do trabalhador brasileiro em meio a quarentena. Aos serem questionados sobre os sentimentos mais presentes nesse momento, as emoções mais relatadas foram preocupação (17%), que podem desfrutar mais a companhia das pessoas com quem moram (10%), medo (9%), esperança (9%), confiança (8%), saudosismo (8%), estresse (6%), tédio (6%), insegurança (6%), otimismo (5%), calma (4%), depressão (3%), solidão (3%), organização (3%), criatividade (2%), coragem (2%).
O maior sentimento de perda durante a quarentena é justamente aquele relacionado com o convívio com outras pessoas: a primeira coisa que os trabalhadores desejam fazer assim que o período de isolamento social acabar é visitar amigos e familiares (26%), recebê-los em casa (17%) ou marcar encontros fora de casa (10%). Os trabalhadores também sentem falta da liberdade para visitar lugares que lhes proporcionem contato com a natureza (como parques, trilhas e cachoeiras), fator destacado por 12% dos entrevistados; ir à academia ou praticar atividades físicas fora de casa (10%), passear no shopping (9%), viajar (9%) ou participar de festas e eventos (5%).
A pesquisa também apurou os principais receios dos trabalhadores em relação ao momento atual. Para 25% dos respondentes, a preocupação premente é com relação à possibilidade de agravamento da crise financeira no País, ou ficar afastado do trabalho e ver a renda familiar ser reduzida (11%). O medo de ver a família atingida pela doença também preocupa a 25% dos entrevistados, assim como a possibilidade de enfrentar a morte ou o luto (20%), ou não conseguir atendimento médico (12%).
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