Empreendedorismo, economia e negócios

Pesquisa da Associação Brasileira de Automação demonstra reação positiva de empresas nacionais frente à crise

 A Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil realizou a sexta edição da pesquisa “Impactos da pandemia no cenário nacional” que realiza entre empresas associadas desde o início do distanciamento social causado pela pandemia. Os resultados apurados em setembro apontam sinais de boa recuperação das atividades econômicas em vários setores da economia. O primeiro sinal se revela na questão que mede a queda do faturamento das empresas. Em abril deste ano, 85% das empresas que responderam à pesquisa afirmaram que sentiam considerável redução. Já em setembro, o porcentual caiu para 54%, embora represente ainda mais da metade de empresas que sentem forte impacto.

Na outra ponta da avaliação, 36% das empresas afirmaram ter seu faturamento ampliado entre abril e setembro. Na primeira edição esse número era de 8%. Cerca de 11% informam não terem sofrido alterações de faturamento nos últimos 30 dias. Da mesma forma que o faturamento, as operações das empresas têm boa reação com o passar dos meses. O número de empresas com redução maior de 20% nas atividades caiu de 63% na primeira edição para 40% em julho e 34% em setembro.

Entre outros itens consultados, a contratação de serviços também foi um parâmetro para medir desempenho. Hoje, 34% das empresas afirmam que tiveram de reduzir a contratação contra 48% em abril. Já a intenção em renegociar contratos caiu de 42% para 25%. “Nossa pesquisa pretende levantar as dificuldades do empresariado e propor alternativas para enfrentar a crise”, afirma Virginia Vaamonde, CEO da entidade. Essa ação se reflete na parte da pesquisa que mede as ações emergenciais adotadas pelas empresas. Nos últimos 30 dias, 23% delas não realizaram nenhuma atividade emergencial. Economizar em serviços essenciais e reduzir ou remanejar funcionários têm sido as ações mais comuns entre as empresas.

Outro resultado demonstra que o adiamento de pagamento a fornecedores caiu de 48% na primeira edição para 24% agora. Outra movimentação foi o replanejamento de pagamentos, que no início da pandemia tinha sido adotado por 59% das empresas e no último mês, passou para 26%.

Pode-se destacar também as vendas pelos meios digitais, que continuam em alta. A adoção de marketplaces e e-commerce para atingir o consumidor saltou de 14% na primeira edição para 30% na sexta. A mesma tendência pode ser observada para redes sociais e varejos online. Importante destacar que apenas 2% das empresas afirmaram não estar conseguindo vender seus produtos, sendo que em abril eram 34%.

Lica Gimenes

Lica Gimenes é uma influenciadora digital de Ribeirão Preto e colunista com mais de 20 anos de experiência. Com uma abordagem envolvente e diversificada, ela aborda uma ampla gama de temas, sempre trazendo informações relevantes e insights únicos para seu público fiel.

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