Headphones mais equipados promovem o isolamento acústico do ambiente, permitindo ao usuário ouvir
música em volume mais baixo
A tecnologia avança, traz inovações e o setor de áudio não fica atrás. Os modernos fones de ouvido prometem graves poderosos, almofadas confortáveis e capinhas de silicone que se ajustam ao canal auricular. Em nada se parecem com os primeiros lançamentos, no longínquo ano de 1979. Toda essa evolução torna o ato de ouvir música em headphones cada vez mais prazeroso e seguro.
Os modernos headphones, que poderiam ser os vilões da boa audição, são, na verdade, mais benéficos à saúde auditiva do que os fones de ouvido tradicionais, pois diminuem os riscos de perda auditiva. A tecnologia aumenta a procura por sons mais potentes, porém esses recursos estão aliados à clareza da música, o que necessariamente não significa que o som será mais intenso ou em maior volume.
“O problema relacionado ao uso de fones de ouvidos está ligado ao volume e ao tempo diário em contato com
o ruído. A exposição intensa e frequente a sons acima de 85 decibéis pode provocar danos irreversíveis à audição com o passar do tempo”, conta a fonoaudióloga Marcella Vidal, da Telex Soluções Auditivas.
Fones mais confortáveis e que se ajustam ao ouvido permitem, além do conforto, o máximo do isolamento do barulho ambiente, estimulando o usuário a manter o volume em nível confortável aos ouvidos, já que assim
se ouve melhor o som das músicas. Então, mesmo em uma casa com muitas pessoas e muito barulho é possível ouvir música sem se preocupar com a balbúrdia em volta.
Pesquisadores estudaram o motivo pelo qual os jovens ouvem música alta. No artigo “Atitudes, recompensas e hábitos de escuta na juventude dinamarquesa”, de Morin Reiness, Carsten Daugaard e Per Nielsen, aparecem os dados de uma pesquisa com 1.800 jovens dinamarqueses. As três razões mais comuns apontadas por
esses jovens foram: “Eu posso sentir/curtir a música melhor quando a escuto em volume alto”, “Eu viajo na música alta” e “Eu fico cheio de energia quando escuto música alta”. Dez por cento desses jovens, que ouviam música na maior parte do tempo em alto volume, foram identificados como grupo de risco para perdas auditivas.
“A grande preocupação é que a ‘Perda Auditiva Induzida por Níveis de Pressão Sonora Elevados’ tem efeito cumulativo. Dependendo do volume e do tempo de exposição ao som elevado, além de uma predisposição genética, o indivíduo pode sofrer danos auditivos cada vez mais severos, de forma contínua e elevada ao longo da vida. Recomendo às pessoas que usam fones de ouvido com frequência que façam uma audiometria. É o exame que revela se já há perda auditiva e como proceder, a partir daí, para evitar o agravamento do problema”, aconselha a fonoaudióloga da Telex.
Quanto mais cedo for detectada a perda de audição, melhor. E nesses casos, a indicação, em geral, é para o uso de próteses auditivas. A boa notícia é que, graças aos avanços tecnológicos, os aparelhos auditivos atuais são minúsculos, como os da Telex, preservando a vaidade de quem precisa deles para ouvir novas canções pela vida afora.
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