A chegada do bebê traz consigo uma nova rotina e novas responsabilidades é preciso lidar com aquele serzinho frágil, que chega sem manual de instruções, mas é capaz de fazer bastante barulho quando chora.
Para ajudá-los nesta tarefa, a enfermeira obstetra Cinthia Calsinski, da Unifesp, ensina a reconhecer os sinais do bebê e o que cada tipo de choro quer transmitir de informação. “O choro é a principal forma do bebê se comunicar com os pais e de expressar o que ele quer. Pode ser muito desesperador e desafiador para os pais de primeira viagem lidar com isso, mas ao identificar os diferentes sons, podem acalmar o bebê mais rapidamente e aliviá-lo do que lhe causa desconforto”, conta a profissional. Confira abaixo algumas dicas para identificar os chorinhos do neném:
Fome: quando o bebê tem fome, seu choro fica mais pronunciado e parecido com o som de “né”. “Isso acontece porque ele posiciona a língua como faz para mamar, diz a enfermeira obstetra.
Sono: a boquinha fica mais ovalada e o som é mais parecido com um “own”, pois o movimento é semelhante ao do bocejo. “É bem nítido depois que você aprende a identificar.”
Cólica: o choro é mais sofrido, irritadiço, agudo e estendido, como um “eairh”, bem característico.
Desconforto: se o bebê sente frio, calor, está sujo ou incomodado com a posição em que se encontra, seu choro será mais pausado, em tom de reclamação.
Gases: o choro é espremido, como se ele estivesse forçando para expelir algo.
O corpo fala
Além dos diferentes tipos de choro, Cinthia conta que o bebê dá sinais claros de que algo o incomoda antes das lágrimas. “Quando ele coça os olhos e boceja, por exemplo, sabemos que é sono. Se suga as mãos pode ser fome. Se ele se agita muito e mexe as perninhas, provavelmente está com dor”, ensina. Cada bebê tem um padrão e uma peculiaridade, mas os sinais costumam ser os mesmos para todos. “A gente só precisa estar atento para poder identificar esses gestos.”
A hora de acalmar
“Tudo o que dá conforto e segurança ao bebê vai acalmá-lo. E para isso, podemos simular o ambiente uterino”, diz a enfermeira obstetra. Deixar o bebê enrolado em um cueiro, limitando seus movimentos é uma das formas eficazes para bebês ate 3 meses.
Exatamente assim funciona o ofurô para bebês, o famoso banho de balde.
Os tapinhas no bumbum funcionam para acalmar também pois como ele geralmente fica de ponta cabeça e o bumbum fica próximo ao coração da mãe, ele sente as batidas durante a gestação e se acalma com o truque após o nascimento, conta.
O uso de sling também ajuda a trazer conforto ao pequeno, que fica mais próximo da pele e do coração dos pais. “Esse tipo de conforto que remete ao útero acaba sendo bom até pra gente, na vida adulta, quantas vezes você não relaxa quando deita no peito de quem ama?”, finaliza Cinthia.
Sobre Cinthia Calsinski Enfermeira Obstetra
• Enfermeira Graduada pela Universidade Federal de São Paulo-Unifesp
• Mestre em Enfermagem pela Universidade Federal de São Paulo-Unifesp
• Doutora em Enfermagem pela Universidade Federal de São Paulo-Unifesp
• Enfermeira Obstetra pelo Centro Universitário São Camilo
• Consultora do Sono Materno-Infantil formada pelo International Maternity e Parenting Institute (IMPI)
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